Saber mais sobre Valadares...
A Freguesia de Valadares tornou-se numa terra importante, desde que foi doada ao Mosteiro de S. Cristóvão de Lafões.
Esta doação foi feita no tempo de D. Afonso Henriques (1139). Valadares como terra doada, passou a depender do mosteiro, ou seja, dos abades e mandatários pessoais. Em 1135, o atual bispo, D. Odório de Viseu, cancelou todos os seus direitos, que eram detidos sobre a igreja de Nossa Senhora da Expectação. Os rendimentos que usufruía eram a favor do mosteiro, já que era este que regia a paróquia no Couto. Em 1161, passou a chamar-se Couto de Baixo, porque o mosteiro regia um outro Couto em Santa Cruz da Trapa e Paço, que passou a chamar-se Couto de Cima.
Em 1258, ano das Inquisições, as testemunhas afirmaram ”a paróquia de Valadares é por completo pertença do mosteiro de Valadares e couto, feito por Afonso rei, o velho”.
Antes da integração do mosteiro de Lafões no Couto, ele era uma paróquia que provavelmente foi herdeira de um acampamento romano.
Como é do conhecimento geral, os romanos tinham por hábito modificar o ”habitat” castrejo das regiões por onde passavam, fazendo com que as populações se deslocassem dos pontos altos, onde habitavam, para os terrenos de baixa e meia encosta de modo a impor às populações o cultivo de uma agricultura intensiva, para concretizar assim os seus interesses económicos, administrativos e fiscais. É a partir daqui que surgem as alti-medievais ”vilas” que não eram mais que do que grandes quintas, com a residência do senhos, os celeiros, eiras e lagares precisos para a exploração agrícola, e as construções para os empregados. Os romanos em alguns lugares estratégicos instalaram fortificações militares, e segundo a história esta freguesia nasceu assim. Acredita-se que foi durante a Idade Média, que a comunidade se organizou em volta da pequena igreja que ali existia, começando a existir casais em Manhouce, Candal e Covelo de Paivó. O nome pelo qual a igreja é conhecida indica uma época certamente nos inícios da Idade Média, Os muis monumentos erguidos nessa época indicam uma veneração a Santa Maria.